domingo, 17 de janeiro de 2010

Diálogos - por alunos do 7.º 2



Umas férias inesquecíveis
(...)
- Quantos anos tens? – perguntou ela com algum à vontade.
- Tenho nove e tu? - respondi.
- Também tenho nove... como te chamas? – replicou ela.
- Eu chamo-me Luís. Sabes, tens um nome muito bonito!
- Obrigado, tu és muito simpático!
- O que estás aqui a fazer? Vieste passear? – perguntei curioso.
- Sim vim ver estas paisagens. E tu? – retorquiu ela.
- Eu... Eu estava com o meu avô e vim dar uma volta. – respondi eu, com alguma vergonha.
De seguida, apanhei as três mais belas flores que vi e ofereci-lhas:
- Toma, estas flores são para ti. Não são tão belas como tu, mas...
- São lindas! Obrigado. – disse ela com algum embaraço e também timidez.
- Queres ser minha amiga? – Perguntei entusiasmado.
- Sim, claro! – respondeu ela prontamente.
E a partir daí, fiquei com uma nova amiga.
Nesse verão, os dias em que era habitual ir com o meu avô à caça, quando ele adormecia, ia ter com a Patrícia. Conversávamos os dois sozinhos no meio daquele imenso prado cheio de flores. Ainda me lembro bem daqueles dias passados com a Patrícia, dias maravilhosos. Foram umas férias inesquecíveis, que agora recordo com saudade...

Beatriz Salgado, nº5, 7º2


A rapariga encantadora

(…)
- Não conheces o meu irmão?!
- Não. Sou de Braga e também estou a passar as férias – acrescentei eu.
- Ah... Este sítio é maravilhoso não achas? Tudo natural e fresco... – disse a Patrícia muito orgulhosa e vaidosa do local onde vivia.
- Sim, concordo contigo, mas... ainda não fiz amigos e vou passar aqui grande parte das minhas férias! Sem ofensa, mas estar a vir quase todos os dias à caça com o meu avô, que não acerta uma, começa a tornar-se um pouco chato.
- Então! Podes ser meu amigo! – disse-me a Patrícia com aquele sorriso encantador.
- A sério?! Eu adorava! Podíamos brincar nos parques, eu podia conhecer o teu irmão, e muito mais!
- Calma, calma. Já vi que estás muito animado!
- Ah... Des...Desculpa! – disse eu já um pouco embaraçado, resultante de toda aquela felicidade – És a minha primeira amiga aqui…
Ela olhou para o seu relógio, arreguilou os olhos e, com muita pressa, deu-me um beijinho e foi-se embora.
Fiquei tão corado que acho que parecia um pimento. Derreti-me todo e fui ter com o meu avô com uma grande sorriso parvo na cara. Acho que agora, estava realmente apaixonado...


Inês Azevedo, nº19, 7º2




"- Não conheces o meu irmão?!"
"- Não. Sou de Braga e também estou a passar férias."
- Uau! Sempre quis ir a Braga! Ouvi dizer que é uma cidade muito bonita! – exclamou sorrindo.
- É fixe, mas se calhar cansavas-te, se vivesses lá – disse eu.
- O que te trouxe aqui? – perguntou ela de imediato.
- Vim caçar coelhos com o meu avô ou, pelo menos, tentar! - disse eu, soltando um risinho irritante. - Somos apenas dois poetas que se fizeram à estrada. E tu?
- Eu venho cá passar as férias todos os anos! É como se fosse um evento anual. A minha mãe nasceu aqui perto, numa pequena aldeia muito acolhedora, com casas de pedra e jardins floridos – esclareceu ela.
- Bom, embora esteja a adorar a conversa, tenho que voltar para perto do meu avô. Ele acorda sempre muito rabugento e, se não me vê, entra em pânico.
- Tudo bem, mas antes diz-me o teu nome, pois ainda não o sei. – pediu ela numa voz meiga.
- Ah, pois! Tens razão! Eu sou o Alberto.
- Eu sou a Patrícia. - disse ela, abanando os cabelos dourados, que me fizeram lembrar campos de trigo, enquanto se afastava de mim cada vez mais.


Patrícia Ferreira Rocha, n.º 24, 7.º 2


O Primeiro Encontro

(…)
- E tu, de onde és? – perguntei-lhe.
- De Aveiro – respondeu a Patrícia - desculpa a minha confusão…
Eu compreendi a baralhação. Mas como queria descobrir mais coisas, não hesitei:
- O que estás aqui a fazer? Eu sei que estás de férias, mas por que vieste para aqui?
- Os meus avós vivem cá, vim visitá-los – esclareceu a Patrícia.
- Os meus também! - disse eu todo contente.
Perante tal novidade, achei que podíamos ser amigos. Assim, não passaria permanentemente a minha vida na caça com o meu avô. Por isso, perguntei-lhe:
- Queres vir a minha casa, conhecer o meu avô e a minha avó?
- Sim! - respondeu ela – Também podias vir à minha?
- Claro! E gostaria igualmente de conhecer o teu irmão - acrescentei.
E a partir daí, eu e a Patrícia fomos grandes amigos e conheci finalmente o Luís.



Rita, nº 25, 7º2

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